quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Inércia

Em quantos badalares infernais
De quantas horas matinais?
Segredos supérfluos de vontades vãs.
Inexistência.
E, quantas palavras lançadas sem peso?
Descontentamento assolador,
Tinindo fervorosamente de ira,
Por pensamentos de pessoa retilínea.
Em apriscos, em morada, em ermos.
Recitá-los, sem abuso de termos.
Os impassíveis, egocêntricos até a alma,
Gritam apetecendo falsas amadas.
O céu, a terra. O dia tão inerte.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Tristeza Raivosa

O meu olhar demonstra uma tristeza raivosa.
Nem tente me entender, você é muito superior a mim.
O meu ódio deprimente não pode ser compreendido por alguém que me causa angústia.
Eu choro a beleza da torpe menina que sou,
E eu tento acatar as leis que falsamente me fazem sorrir.
Eu mato o meu coração a cada não amar de minha consciência.
Eu odeio demais, quando não se tem motivo.
Então tento não mais opinar, não mais dizer o que penso.
Afinal, tudo o que se passa em minha mente nunca é correto o bastante.
Tornar-me-ei um inerte fantasma,
Que não vê, não ouve e não fala.
Serei o ser perfeito, que não age, não vive, que não existe.