quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Inércia

Em quantos badalares infernais
De quantas horas matinais?
Segredos supérfluos de vontades vãs.
Inexistência.
E, quantas palavras lançadas sem peso?
Descontentamento assolador,
Tinindo fervorosamente de ira,
Por pensamentos de pessoa retilínea.
Em apriscos, em morada, em ermos.
Recitá-los, sem abuso de termos.
Os impassíveis, egocêntricos até a alma,
Gritam apetecendo falsas amadas.
O céu, a terra. O dia tão inerte.

Um comentário:

  1. Como eu já te disse, este teu poema talvez seja o teu melhor, admiravelmente bem escrito, intensas figuras de linguagem, estranhamente expressivo, numa correlação encantadora e insana de palavras. Parabéns!

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