terça-feira, 28 de abril de 2009

Insanidade

Nada poderia ser pior, nada tentaria ser pior.
O que há? Acha que vai aguentar?
Tudo está em sua mente. Você consegue disfarçar?
Diga a morte... (para ela não perseguir você) 

Confusa. Atormentada. Com medo.
Ilusão. Alucinação. Mistério. O medo!
Dor. Sangue. Insanidade! 

Meia vida. Torpe vida.
Hoje não estou deprimida.
Calamidade. Ah, lá vem uma vida perseguida!
Santos. Santos. Pedra, madeira e mármore.
Rejeito tudo o que não me agrada.
Não estou bem, sinto-me insana, insana!

Onde está a minha doce ferida?
Uma música me encantou.
O decifrar de algo confuso me dominou.
Ah e eu continuo gostando de tudo isso!
(Sinceramente, não gosto deste poema!)

sábado, 25 de abril de 2009

O Seu Vulto

Oh, tranqüilidade, onde está?
Doce, contida, não mais a contemplo.
Debilitados, meus dias são de intolerável horror,
Não vejo beleza. Apenas choro ante o ausente fulgor. 

Em pensamentos ouço coisas que me agridem,
Coisas que rispidamente me apetecem.
Até a sensível brisa parece violentamente me atacar,
Desafiando-me a respirar mesmo sem haver ar. 

Eu procuro correr, sinto-me ser assombrada,
Eu corro eu grito, eu quero me libertar,
Eu estou melancólica, eu desaprendi a viver.
Eternamente me perseguindo..
O seu vulto, você.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Sentido Inexistente

Acredite quando digo que não amo
Não amo porque não conheço o significado disso
Se não amar é sofrer e amar também
Então tudo deixa de fazer sentido
Acredite quando eu disser para não acreditar em mim
Afinal, eu também minto
Realizar não é formular e não fazer
E tudo novamente perde o sentido. 

Por que o bom jogador é somente o que ganha?
Por que devo ser igual aos outros se sou eu mesma?
Não espere que eu seja sempre esta doce menina
Sou mulher e por isso indecisa
Sou confusa ao ponto de ser muitas em uma só
Não sendo portando nada
Eu sou exatamente da forma que vê
Mas não somente isto.

Sou tão fraca que acredito em meus próprios conselhos.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Gary

 Era um dia comum, em minha antiga casa. Uma sensação ruim passa por mim, um vento que congela a minha espinha, assustei-me. Estava eu em meu quarto, sozinha. Pressenti uma ventania que logo se iniciou, corri até a sala e gritei para que as pessoas presentes na casa a fechassem. Passei então pela cozinha onde estava a empregada lavando louça. Neste momento senti-me presente em espírito apenas, observei um homem conversando com a empregada que o olhava com maldade, eram más pessoas e pretendiam fazer algo, eu vi isso em seus rostos. Falaram alguma coisa que não recordo, apenas três frases diabólicas.  Voltei ao meu estado normal, senti-me em meu corpo novamente. Caminhei apressada até o quarto de meu irmão e vi Gary com suas mãos na grade da janela, ele estava fora de casa. Essas três pessoas eu nunca havia visto antes.  Conversei com Gary, que se mostrou simpático e alegre. Fitei o céu sobre as árvores do campo que estavam atrás dele. Apavorei-me ao perceber que haviam nuvens negras descendo do céu, como se encostassem no centro das árvores, era um negro terrível. Atrás das nuvens avistei uma luz semelhante ao pôr do sol. Logo a ventania tornou-se agressiva, o que me fez apressar Gary para que entrasse em casa depressa. Ao tentar tirar suas mãos da grade elas pareciam coladas, com certo esforço ele conseguiu soltar-se. Senti que de alguma forma ele corria risco, então desesperada corri ao encontro dele antes passando pela sala, subi no sofá e pulei a janela que dava para a garagem, logo cheguei a uma peça que dava para o pátio. Ao chegar o vi de costas para mim, seus joelhos no chão. Pensei que houvessem decepado sua cabeça e que ela cairia ao chão no menor movimento de seu corpo. Porém, não foi o que aconteceu. Gary olhou-me inexpressivo, virou-se caindo no chão, morto. Seu rosto ensanguentado. Gritei o mais alto que pude. Acordei.

sábado, 11 de abril de 2009

Nada de Mim

Meu sangue goteja,
O chão está manchado
Não espere de mim o que não quero ser
Não exija, sua vontade não será feita.
Apenas deixe-me só,
Chorando em meu quarto pequeno e solitário. 

Já posso responder por meus atos
Ou sou apenas uma alma definhando?
Queimando, dilacerando
Eu estou tensa, desanimada e tensa.
Sozinha, enferma.

Eu estou deprimida por ser só
E mesmo assim por suas presenças.
Meu interior grita.
Palavras febricitantes,
Clamam por liberdade.

domingo, 5 de abril de 2009

Atos Inocentes

 Eu não posso mudar rispidamente o que faço na inocência. Então me dê uma chance, dê-me sempre uma chance. Ajude-me a mudar tendo paciência e compreensão. Eu não reajo bem a pressões.
 As minhas lágrimas não secam, eu estou cada vez mais perdida e com medo. Receio, as tuas decisões resolverão tudo entre nós, receio, a tua incompreensão também.
 O que de mal poderei fazer contra ti? Se meus dias se resumem em minha casa, se havendo oportunidades coragem não tenho. Eu devo ser mesmo terrível, um ser incapaz de mudar. Tentar nem sempre é conseguir...

Oh Deus, o que devo fazer? O que fazer de minha vida? Apenas deixarei em Tuas mãos...